Seis curiosidades sobre o Carnaval que toma as ruas de São Paulo há quase 100 anos


“O seu samba hoje consciente,
Tem entrada franca, no Municipal,
E da aquele recital,
Para quem quiser apreciar,
Suas noites hoje, se aquecem com pandeiro,
Timba, cavaquinho e violão,
Depois o Carnaval, no Anhangabaú,
É samba em festa a desfilar.
Isto é São Paulo, meu Brasil…”

A letra da música Isto é São Paulo, do grupo Demônios da Garoa, já anuncia: aqui é a cidade do trabalho, mas depois tem samba. Tem carnaval!

E foi-se o tempo em que a grande metrópole não era famosa por suas ruas lotadas de bloquinhos e foliões, serpentina e alegria. Neste ano, a programação paulistana prevê 511 desfiles, sendo que 36 deles são megablocos (aqueles com expectativa acima de 40 mil pessoas).

A festa na cidade acontece nos dias 11 e 12 de fevereiro (pré-Carnaval), de 18 a 21 de fevereiro (Carnaval) e nos dias 25 e 26 de fevereiro (pós-Carnaval) e deve reunir 15 milhões de foliões na cidade, que neste ano ganha 57 novos blocos desfilando pelas ruas da capital.

Sendo assim, o turismólogo, apresentador e YouTuber que faz inúmeros vídeos sobre São Paulo, Tiago Lopes, separou 6 curiosidades sobre o Carnaval na cidade e mostra que há muito tempo a cidade gosta de uma boa festa carnavalesca!

6 curiosidades sobre o Carnaval em São Paulo:

 94 anos de história

O primeiro desfile de escolas de samba de São Paulo aconteceu em 1929, o que significa que a cidade já sabe como fazer uma festa de Carnaval há quase 100 anos!

Mudanças no formato

Em São Paulo, o Carnaval teve sua origem ligada à manifestação do entrudo, uma brincadeira na qual os foliões atiravam água e outros líquidos entre si, existente desde o século 15. Ao longo dos anos, a festa foi se modificando e, hoje, os principais atrativos são os blocos de rua, que reúnem milhões de foliões pela cidade.

Gripe espanhola

Por muitos anos, o Carnaval de 1919 foi considerado o maior do Brasil. No ano anterior, hospitais ficaram lotados por conta da Gripe Espanhola e grandes eventos, como campeonatos de futebol, foram cancelados, assim como o Carnaval. Quando o ano terminou, aqueles que sobreviveram já haviam criado imunidade contra a doença e, aos poucos, os casos foram diminuindo.

No dia 1º de março de 1919 começou a festa que celebrou tudo que não havia sido possível nos anos anteriores, devido às chuvas que marcaram os Carnavais de 1916 e 1917, a crise econômica e o clima de guerra em 1918, além da Gripe.

E as escolas de samba?

Você já ouviu falar da primeira escola de samba de São Paulo? Ela foi criada no início dos anos 1930. Enquanto alguns apontam a “Primeira de São Paulo” como a pioneira, a verdadeira rainha do carnaval paulistano foi a “Lavapés”. Fundada em 1937 por Madrinha Eunice e Chico Pinga, no bairro da Liberdade, a Lavapés é considerada a primeira escola de samba a se estabelecer de verdade na cidade.

Números cada vez maiores

Em 2019, foram 570 blocos circulando por São Paulo. Já em 2020, foram 575, que receberam cerca de 15 milhões de foliões.

Diversidade cultural

Um dos principais atrativos do Carnaval paulistano é a variedade de estilos musicais, que vão desde o sertanejo até a música eletrônica. Blocos de jazz e música emo também podem ser encontrados. A dica é consultar os horários com antecedência para não perder tempo.


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