Anvisa recebe pedido da Saúde para liberação de vacina contra a monkeypox


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu, nesta terça-feira (23), o pedido do Ministério da Saúde para análise e liberação da vacina contra a monkeypox.

“O Ministério da Saúde protocolou hoje, dia 23 de agosto, junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) o pedido de análise da vacina para a prevenção da monkeypox, com a dispensa de registro do produto”, informou a agência.

Na análise, a Anvisa confirmará se as características essenciais da vacina são as mesmas aprovadas pelas autoridades reguladoras estrangeiras equivalentes à Anvisa, a AREE.

Serão avaliados dados sobre: fabricante, concentração, forma farmacêutica, indicações, contraindicações, posologia, população alvo, via de administração e modo de uso, entre outras informações.

“O processo de avaliação passará pela Comissão Técnica da Emergência Monkeypox, criada pela Anvisa, por meio, da Portaria Conjunta nº 1 de 28 de julho de 2022 e a decisão final será deliberada pela Diretoria Colegiada da Agência”, incluiu a Anvisa.

Profissionais de saúde devem ser priorizados

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (22), em entrevista à imprensa que a vacinação contra a varíola dos macacos no país irá priorizar, em um primeiro momento, grupos específicos de profissionais de saúde que atuam diretamente no diagnóstico da doença e contato próximo com infectados.

Queiroga explicou que as 50 mil doses poderão imunizar 25 mil pessoas, devido ao regime de imunização de duas doses para a proteção contra a doença. Segundo o ministro, serão as vacinas serão enviadas em três remessas, com a primeira entrega prevista para o mês de setembro. A distribuição será discutida com estados e municípios.

“Vamos conseguir 50 mil doses, via fundo rotatório da Opas [Organização Pan-Americana da Saúde]. Essas 50 mil doses não tem o poder de controlar esse surto, essas vacinas estão aí para proteger os profissionais de saúde que lidam diretamente com os materiais contaminados – 50 mil doses não dá para proteger todos os profissionais de saúde do Brasil, até por que a grande maioria deles não lida com essa situação”, disse o ministro.

*Com informações de Lucas Rocha, da CNN

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