Vacinas adaptadas de duas cepas vão aumentar a proteção contra Covid, diz membro da UE


Uma autoridade europeia de emergência de saúde afirmou nesta quarta-feira (13) que versões adaptadas de vacinas de RNA mensageiro contra a Covid-19, que abordam duas variantes de uma só vez, em breve oferecerão às pessoas uma proteção melhor do que as vacinas que já estão disponíveis.

A Moderna e a Pfizer estão desenvolvendo vacinas baseadas em uma combinação do coronavírus original de Wuhan e uma subvariante da Ômicron. Chamadas de injeções bivalentes, elas seriam usadas em uma campanha de vacinação de outono, que começa em setembro no hemisfério Norte.

“Qualquer vacina bivalente disponível será boa. Será melhor do que as vacinas atuais”, disse o diretor da Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências de Saúde, Pierre Delsaux, a membros do Parlamento Europeu em uma audiência.

Ele não tomou partido na discussão em andamento entre os reguladores europeus e fabricantes de vacinas sobre qual subtipo da Ômicron tais doses adaptadas devem ser modeladas.

A Agência Europeia de Medicamentos ainda não expressou uma preferência clara pela subvariante – BA.1 ou BA.4/BA.5 – na qual essas injeções devem se basear.

A BioNTech e a Pfizer também propuseram uma injeção baseada apenas em uma subvariante da Ômicron.

Nova geração de vacinas

Em junho, a Pfizer divulgou dados promissores da versão adaptada de duas vacinas, uma monovalente e outra bivalente. Enquanto uma é uma combinação da vacina da Pfizer, a outra é direcionada à proteína Spike da linhagem BA.1 da Ômicron.

De acordo com a Pfizer, os dados do estudo de fases 2 e 3 apontaram que uma dose de reforço de ambas as vacinas candidatas adaptadas provocou uma resposta imune substancialmente maior contra a BA.1 da Ômicron BA.1 em comparação com a vacina atual. A resposta imune robusta foi observada em dois níveis de dosagem com 30 e 60 microgramas.

No dia 8 de julho, a Moderna apresentou novos dados clínicos da vacina de RNA mensageiro voltada para a variante Ômicron. Os resultados mostram respostas de anticorpos expressivas em comparação com a atual dose de reforço. A dose de reforço de 50 microgramas apresentou perfil de segurança no estudo que contou com a participação de 437 voluntários.

(Com informações de Lucas Rocha, da CNN)

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