Manifestantes invadem residência presidencial durante protestos no Sri Lanka


Manifestantes invadiram a residência oficial do presidente do Sri Lanka em Colombo neste sábado (9). Mais de 100 mil pessoas se reuniram do lado de fora do imóvel, pedindo que o líder, Gotabaya Rajapaksa, renuncie por causa da crise econômica do país.

Um vídeo transmitido pela televisão do Sri Lanka mostrou manifestantes entrando na casa do presidente – escritório e residência de Rajapaksa na capital comercial – depois de romper os cordões de segurança colocados pela polícia.

Rajapaksa não está no local e foi transferido para outro lugar, disseram autoridades de segurança à CNN. Não está claro quantos agentes estão presentes no local.

O país de 22 milhões de habitantes do sul da Ásia está sofrendo sua pior crise financeira na história recente, deixando milhões lutando para comprar alimentos, remédios e combustível.

Um toque de recolher da polícia que foi imposto anteriormente em várias divisões na província ocidental do Sri Lanka foi suspenso. Vários políticos e a Ordem dos Advogados do Sri Lanka se referiram ao toque de recolher como “ilegal”, dizendo que não houve casos de violência que justificassem a imposição da medida.

Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas nos últimos meses, exigindo a renúncia dos líderes do país por acusações de má gestão econômica.

Em várias grandes cidades, incluindo Colombo, as filas para comprar combustível duravam horas, e os habitantes às vezes entravam em conflito com a polícia e os militares enquanto esperavam.

As escolas foram suspensas e o combustível foi limitado aos serviços essenciais. Os pacientes não podem viajar para os hospitais devido à escassez de combustível, e os preços dos alimentos estão subindo.

Os trens foram reduzidos em frequência, forçando os viajantes a se espremerem em compartimentos e até mesmo sentar-se precariamente em cima deles enquanto se deslocam para o trabalho.

O primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe disse que o país entrou em negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para reviver a economia.

Esta semana, ele disse ao parlamento que as negociações com o FMI foram “difíceis”, pois eles entraram na discussão como um país “falido”, em vez de um país em desenvolvimento.

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