Aos 122 anos, Fiocruz coordena a maior rede de bancos de leite humano


 A Fiocruz tem como missão promover a saúde e o desenvolvimento social com geração de conhecimento científico e tecnológico. Por isso, atua em várias frentes, uma delas é a coordenação da maior rede de bancos de leite humano do mundo.

O trabalho é realizado pelo Instituto Fernandes Figueira ligado à fundação, atualmente são 225 bancos de leite presentes em todos os estados brasileiros e 217 postos de coleta.

Dados da Organização Mundial da Saúde e do Fundo das Nações Unidas para Infância apontam que cerca de 6 milhões de vidas são salvas por ano por causa do aumento das taxas de amamentação até o sexto mês.

A coordenadora do Banco de Leite da Fiocruz, Daniele Silva falou da importância do leite humano: “É o melhor alimento, o alimento mais indicado, seus nutrientes são específicos para aquele bebê. A gordura, a proteína, é um alimento funcional, com características probióticas e que vão prevenir diversas doenças e  infecções. E diferente do que a gente pensa, não é só na infância, ele também ajuda a desenvolver o metabolismo da criança e vai prevenir doenças também na vida adulta. É como se ao amamentar, essa mulher tivesse construindo a saúde do seu próprio filho.”

Cerca de 200 mililitros de leite pode alimentar até dez recém nascidos. Só no ano passado foram distribuídos168 mil litros de leite para 237 mil recém-nascidos.

A enfermeira Rafaelle Ribeiro é doadora há quase um ano. Ela coleta o material em casa e uma vez por semana entrega para o instituto: “Quando a gente doa o leito a gente está aumentando as possibilidades de vida dele, melhorando a qualidade de vida dessas crianças, levando esperança para as famílias.”

Além do trabalho na rede de banco de leite, a Fiocruz também atua no combate à doenças infecciosas, o Hospital do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas foi inaugurado em 1918, no momento em que o mundo enfrentava a gripe espanhola, desde então, a unidade de saúde se transformou em um centro de referência.

A diretora do Instituto Valdiléia Veloso diz que a atenção principal é para as chamadas doenças negligenciadas: “Nós trabalhamos aqui com tuberculose, HIV Aids, com doença de chagas, doenças causadas por fungos que se disseminam no organismo humano. E trabalhamos não só na assistência aos pacientes, mas também desenvolvendo pesquisas para descobrir tratamentos e como a melhor forma de cuidar dos pacientes.”

Segundo a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, em 122 anos a fundação contribuiu para ampla visão da saúde no Brasil. É uma instituição fundamental desde a sua origem, conjugando o esforço da pesquisa científica para responder aos grandes desafios de saúde pública. E ela é baseada no tripé que é ciência, saúde, educação, formando também quadros para ciência e tecnologia, para o Sistema Único de Saúde.

A Fiocruz se preocupa ainda com a inclusão, por isso que em 2009 foi criado um Comitê Pró-equidade de Gênero e Raça, que atua para aumentar a diversidade nos cursos da fundação, 

Pesquisa e Inovação Rio de Janeiro 29/05/2022 – 12:44 Denise Griesinger / Beatriz Arcoverde Maurício de Almeida – Repórter da TV Brasil, para a Rádio Nacional Fiocruz Especial Fiocruz 122 anos domingo, 29 Maio, 2022 – 12:44 3:20