Roteiro 48 horas: gastronomia e passeios em Brasília, a capital do país


É praticamente obrigatório e natural pensar em Brasília quando o assunto é arquitetura. Projetada pelo urbanista Lucio Costa e pelo arquiteto Oscar Niemeyer, a cidade é considerada um “marco na história do urbanismo” pela Unesco.

A capital do país é detentora da maior área tombada do mundo – 112,25 km² – e foi inscrita pela Organização na lista de bens do Patrimônio Mundial Cultural da Humanidade, em 7 de dezembro de 1987, sendo o único bem contemporâneo a merecer essa distinção.

Confira um roteiro de 48 horas por Brasília / Telmo Filho / Unsplash

Ainda segundo a organização, a estrutura urbana de Brasília inclui todos os elementos necessários para demonstrar um valor universal excepcional. A cidade foi criada para ser a capital do país e fez parte do projeto de modernização nacional do presidente Juscelino Kubitschek, reunindo ideias de grandes centros administrativos e espaços públicos.

Inovação e criatividade encontradas na organização da cidade e nos projetos arquitetônicos de Niemeyer, como os edifícios Palácio Presidencial, Supremo Tribunal Federal e Congresso, foram determinantes para que a cidade ganhasse o título.

Viajar à capital do Brasil é a possibilidade de ter uma aula de história a céu aberto. E mais do que isso: poder experimentar também novos sabores e uma nova forma diferente de viver.

E se você tem pouco tempo – os feriados prolongados em 2022 são poucos! –  confira o nosso roteiro de como aproveitar Brasília em 48 horas.

 Dicas gerais:

Para passar dois dias na cidade é importante entender pelo menos um pouco como funciona seu mapa. Formada por quadras, Brasília segue uma lógica numérica e geográfica, que muitas vezes pode soar complicada aos turistas, mas não se assuste: dará tudo certo!

O formato do Plano Piloto de Brasília é popularmente reconhecido como um avião. Assim, fica fácil de entender o porquê dos principais bairros da cidade serem chamados de “Asa Norte” e “Asa Sul”. O lago norte e o lago sul, que ficam “fora” do avião, se tornaram bairros residenciais de casas, enquanto nas asas você encontrará 98% de prédios – isso fez parte do planejamento da cidade. É no “Avião” que estão localizadas as principais atividades da cidade, de todos os setores.

É importante também saber que lá nada se faz a pé, então, prepare-se para alugar um carro ou utilizar aplicativos de transporte. Se vai passar pouco tempo e não conhece a cidade ainda, a dica é não usar transporte público – não há muitas linhas disponíveis e os ônibus demoram para passar.

Dia 1

A sugestão de hospedagem é o B Hotel. Localizado no eixo monumental, ele tem vistas para cartões postais – como o estádio Mané Garrincha e a Torre de TV. Seu rooftop, onde fica o Bar 16, é um dos queridinhos dos brasilienses e turistas, que aproveitam a ótima localização para tomar um drinque e assistir um dos pores do sol mais bonitos da cidade – então, já fica aqui uma opção para o fim do primeiro dia.

Bar 16 fica no Rooftop do B Hotel e tem vista para pontos turísticos da cidade / Reprodução/Instagram

Comece tomando um café da manhã na Padoca do CA, localizada no Lago Norte, inaugurada no ano passado Com uma proposta sustentável, de Lixo Zero, essa padaria tem ambiente confortável e convidativo, com uma varanda deliciosa.

No cardápio, pães, croissants, sanduíches, salgados e doces de todos os tipos. Aos sábados, domingos e feriados, o café da manhã é à vontade, com um buffet que inclui ovos mexidos, salsicha, pães, bacon, carolinas, café, leite e suco de laranja (R$ 52 por pessoa).

Padoca do CA oferece buffet de café da manhã aos sábados, domingos e feriados / Reprodução/Instagram

Com a manhã reforçada, hora de seguir para os passeios do dia. E a sugestão para começar não tinha como ser diferente: conhecer a Esplanada, um dos pontos mais visitados de Brasília.

Lá estão localizados o Congresso Nacional – que abriga a Câmara dos Deputados e o Senado Federal -, os ministérios, a Praça dos Três Poderes e o Palácio do Planalto. As visitas guiadas ao Congresso acontecem de segunda à sexta e são gratuitas, porém, é necessário agendamento, que pode ser feito neste link.

O tour dura cerca de 50 minutos e há a possibilidade de ser traduzido para inglês, espanhol, francês ou libras. Já a visita ao Palácio do Planalto acontece aos domingos e também precisa ser marcada.

Congresso Nacional é aberto para visitação durante a semana/ Pedro França/Agência Senado

Depois das visitas, a dica é aproveitar a localização e já conhecer mais dois pontos turísticos próximos. Um deles a emblemática Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, projetada pelo arquiteto Oscar Niemayer e primeiro monumento criado em Brasília. As visitas acontecem de terça a domingo – exceto em horários de missa ou eventos, como batizados e casamentos.

Catedral Metropolitana de Brasília foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer / Unplash

Aproveitando o “tema”, outro ponto próximo (a 10 minutos de carro), e também um dos mais visitados da cidade, é a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima.

Construída depois de uma pedido do presidente Juscelino, em cumprimento de uma promessa de Dona Sara Kubitschek, demorou 100 dias para ficar pronta e foi inaugurada no dia 28 de junho de 1958. O projeto também é de Niemayer.

Igrejinha Nossa Senhora de Fátima foi construída a pedido de Juscelino, por conta de uma promessa/ Site oficial

Para a hora do almoço, a dica é aproveitar duas ocasiões em uma: conhecer o estádio Mané Garrincha e também o Mané Mercado, um complexo gastronômico que abriu recentemente e já é um sucesso. São diferentes bares e restaurantes de chefs famosos na cidade, em um espaço de 4.000m2. Abre de domingo à domingo.

Voltar ao hotel para descansar um pouco depois do dia movimentado é essencial. À noite, há algumas sugestões. Se é fã de comida peruana, o Taypá Sabores Del Peru é uma opção. Primeiro restaurante da cidade especializado nesta culinária, tem um amplo ambiente, com uma charmosa área externa, com uma decoração que faz várias referências ao país vizinho.

Dia 2

Depois de um dia cansativo, a ideia é acordar um pouco mais tarde e partir para um brunch no , dentro do Jardim Botânico de Brasília,

A casa espalha mesinhas com toalhas xadrez – estilo piquenique – pelo ambiente. O cardápio é amplo e há opções avulsas, mas a dica é optar entre o combinado Jardim 1, com pães variados, iogurte, granola, frios, bolo, frutas da estação, ovos mexidos, cafés e suco de laranja para duas pessoas (R$ 76); ou Jardim 2, com pão de linhaça e cebola, bolo de banana, waffle, tapioca vegana, cuscuz, ovos mexidos, entre outros (R$ 88).

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A Torre de TV, um dos principais pontos turísticos de Brasília, também não podia ficar fora do roteiro. Esse mirante permite ter um vista de 360 graus da região central da capital, a 75 metros do chão.

Lá, também está o Mezanino, um rooftop que abriu as portas ano passado, e reúne opções para café da manhã, almoço e jantar. A sugestão é ir na parte da noite, para ter uma vista da cidade iluminada.

Torre de TV de Brasília tem vista de 360 graus para a cidade e é também integra a lista dos pontos turísticos mais visitados / Roberto Castro/Mtur

Mas antes disso, outros passeios também conseguem ser encaixados na programação do dia, como passar de carro pela emblemática ponte JK.

Emblemática Ponte JK é um dos cartões postais mais conhecidos da cidade / Pexels/Leo Calda

Para o almoço, a sugestão é o Restaurante Lago. Comandado pelo chef Marcelo Petrarca, que também tem o Bloco C na cidade, o local oferece comida brasileira e internacional com toques criativos. Aproveite para acompanhar a refeição com um bom drinque.

Com o fim do dia chegando, a dica é ir ao Pontão do Lago Sul, um centro de entretenimento e lazer, localizado ao longo do Lago Paranoá. Lá, são encontrados diversos quiosques e é possível fazer esportes na água. O pôr do sol também está na lista de um dos mais bonitos da cidade.

O Pontão do Lago Sul tem quiosques para passar à tarde e esportes aquáticos, como stand up, para praticar no Lago Paranoá / site oficial

Para finalizar sua estadia na cidade, além do rooftop da Torre de TV, as sugestões são o Maria Cuisine, restaurante de culinária francesa e italiana na Asa Sul, ou Sagres, para quem gosta de comida portuguesa – bolinho de bacalhau e outras delícias típicas não faltarão por lá.


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