Integrantes do Partidos dos Trabalhadores (PT) já se dizem conformados com a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter um palanque duplo em São Paulo e avaliam a possibilidade de que seja estabelecido um pacto de não agressão entre Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB). A ideia é que na campanha ao primeiro turno ambos sejam cordiais e um apoie o outro se avançarem ao segundo turno.
Apesar da consolidação nesta sexta-feira (8) da aliança nacional entre Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), o debate sobre o palanque estadual tem sido tenso nos bastidores. O PT quer que França desista da candidatura, mas a pressão tem tido efeito reverso. Em um encontro nesta quinta-feira (7) com Haddad, ele disse ao petista que deverá se candidatar independentemente de apoios.
França tem dito a aliados estar desconfortável com a pressão petista. Avalia que a pesquisa Datafolha desta quinta-feira que mostrou que sua rejeição é menor que a de Haddad e que ele tem entrada em mais segmentos de centro e de direita do que o petista. Nesse sentido, avalia que é ele, e não Haddad, que agrega mais a chapa Lula e Alckmin em São Paulo. Neste sábado ele inclusive terá uma primeira reunião sobre plano de governo.
O PT por sua vez tem dito que Marcio não tem estrutura para a campanha estadual e que sua candidatura divide a esquerda. Mas já há sinais de que é melhor aceitar desde já o projeto do PSB paulista do que tensionar a relação e prejudicar o projeto nacional de eleger Lula.
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