Após novos vídeos, Gabriel Monteiro deve prestar depoimento na semana que vem


Após passar cerca de quatro horas na delegacia na manhã desta quinta-feira (7), o vereador do Rio de Janeiro Gabriel Monteiro pode ser ouvido novamente na próxima semana. Segundo o delegado, Luis Armond, responsável pela investigação, novas imagens de caráter sexual e de outros temas não informados foram encontradas.

O parlamentar foi ouvido de forma ‘rápida e informal’, segundo o delegado. Gabriel Monteiro é acusado de suposto vazamento de vídeos íntimos entre o ele e uma menor de idade.

O vereador compareceu à delegacia para acompanhar a análise feita nas armas apreendidas durante a operação de busca e apreensão realizada nesta manhã.

O parlamentar foi alvo, ao lado de outras seis pessoas, entre assessores e ex-funcionários de Gabriel, que devem ser intimados para prestar depoimento também na próxima semana. O vereador também levou à delegacia material que, segundo ele, comprova sua inocência no caso. Os documentos serão avaliados pela polícia.

Segundo a decisão da Justiça, há suspeitas de que o vereador tivesse cometido assédio sexual e moral. O documento se baseia no artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente. O dispositivo condena o ato de “adquirir, possuir ou armazenar” qualquer forma de registro que “contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”.

A pena mínima de reclusão pode chegar a quatro anos.

Além da residência do parlamentar, as equipes de busca e apreensão também estiveram na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, na capital. Os policiais civis saíram com um malote cheio de arquivos e documentos apreendidos. Outros nove endereços de pessoas ligadas ao parlamentar foram vistoriados.

O Ministério Público do Rio de Janeiro apontou que Gabriel Monteiro teria promovido uma “queima de arquivos”, no começo deste mês, para “destruir provas” de possíveis crimes cometidos. A defesa do vereador afirma que não há provas sobre os supostos atos ilegais.

Gabriel Monteiro afirmou que estaria sofrendo retaliações e citou Rafael Sorrilha, empresário da área de reboques do Rio, que também deve ser intimado a prestar depoimento na semana que vem. A defesa do empresário disse à CNN que está tranquila com a investigação. O vereador também alega que a menina de 15 anos que aparece no vídeo consentiu a relação sexual e que a adolescente havia dito que era maior de idade.

Na terça-feira (5), o Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores abriu representação disciplinar contra o vereador. O caso vai ser avaliado nesta sexta-feira (8) pela Comissão de Justiça. O político pode ter o mandato cassado.

O resultado tem previsão de sair em 90 dias.

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