Briga, Valdivia x Ceni e chapéu Dudu: a rivalidade Palmeiras e São Paulo


São Paulo e Palmeiras decidem o Campeonato Paulista a partir desta quarta-feira, 30, às 21h40 (de Brasília), no Morumbi, reeditando a última final do estadual, que pôs fim a um incômodo jejum de títulos do Tricolor. Rivais históricos, o duelo promete ânimos acirrados devido a queda de braço entre dirigentes dos clubes nos bastidores. A discussão foi motivada sobre a final ocorrer no sábado ou no domingo por conta de um show da banda Maroon 5 na terça-feira, 5.

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A diretoria palmeirense precisou negociar a liberação do Allianz Parque junto à construtora WTorre e alfinetou o presidente rival, Julio Casares, que fazia pressão nos bastidores para que o jogo fosse disputado em outro estádio.

“Dono da melhor campanha geral e único invicto da competição, o clube exercerá assim o direito, conquistado dentro de campo e consagrado pelo regulamento, de decidir o título em sua casa e com o apoio de sua torcida”, escreveu o Palmeiras na rede social.

Na véspera do primeiro jogo, o técnico palmeirense Abel Ferreira ainda afirmou que o rival foi beneficiado por ter tido mais tempo para se preparar para a semifinal contra o Corinthians, vencida por 2 a 1 no último domingo, 27.

“Uma pena, tem que ver porque não fixaram [as datas] antes a data da final porque eu estou pensando na final, os jogadores não, mas tenho que jogar dois dias depois ou três dias depois. E o Ceni joga quatro dias depois, tem tempo para descansar e nós não”, argumentou o português

Abel não poupou críticas na última entrevista antes do clássico –Rodrigo Corsi/Agência Paulistão/Divulgação

Campeão em 22 edições do estadual, o São Paulo pode alcançar o rival em conquistas. O time dirigido por Abel foi vencedor de 23 ocasiões, mas ainda não levantou a taça sob o comando do português.

Além de toda a carga presente no clássico, os encontros costumam ser tensos e com muitos embates extracampo. PLACAR relembra momentos em que a rivalidade entre São Paulo e Palmeiras se acirrou nos últimos anos. Confira:

Pancadaria da paz (1994)

Jogadores se envolveram em pancadaria –Transmissão/Reprodução

Pelo Brasileirão de 1994, Palmeiras e São Paulo tentaram promover o clássico da paz, que ironicamente terminou em pancadaria generalizada. Tudo começou com um tapa de Edmundo em Juninho e um soco em André Luiz. Depois disso, uma briga envolvendo titulares e reservas tomou o Morumbi. A partida terminou em 2 a 2 e é motivo de piada até os dias atuais.

Pedra no sapato (2005 e 2006)

Cicinho foi peça-chave para classificação –Rubens Chiri / São Paulo/Divulgação

Em épocas que o Palmeiras tinha um troféu da Libertadores em seu museu, o rival foi uma considerável pedra no sapato. Na edição de 2005, o São Paulo venceu os dois clássicos das oitavas de final e partiu rumo ao título. No ano seguinte, na mesma fase, o alviverde caiu para o vizinho de muro, que ficou com o vice de 2006.

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Troco e provocação (2008)

Valdívia decidiu e provocou Rogério Ceni –Globo/Reprodução

Dois anos tempo depois da queda palmeirense para o São Paulo na Libertadores, foi a vez da resposta. Na semifinal do Paulistão de 2008, a partida de ida terminou 2 a 1 para o Tricolor, mas a volta terminou com uma vitória por 2 a 0, conduzida pelo polêmico meia chileno Valdivia. Autor do segundo gol, ele comemorou provocando o então goleiro Rogério Ceni, pedindo silêncio ao ídolo são-paulino.

“O Palmeiras está se apequenando” (2014)

Aidar não poupou críticas ao rival –Leandro Martins/Futura Press

Ainda no início da gestão Paulo Nobre, em 2014, o atacante Alan Kardec trocou o lado verde pelo lado tricolor da capital paulista. A rivalidade se acirrou e dirigentes das equipes se alfinetaram. A fala mais significativa foi de Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo no período: “(A entrevista de Paulo Nobre) demonstra o atual tamanho da Sociedade Esportiva Palmeiras, que ano a ano se apequena com demonstrações dessa natureza”. Desde então, o torcedor são-paulino comemorou apenas um título.

Chapéu (2015)

Dudu se tornou ídolo do Palmeiras –Alexandre Schneider/Getty Images

O início da temporada 2015 começou com uma disputa nos bastidores pela contratação de Dudu, que pertencia ao Dínamo de Kiev, da Ucrânia. Procurado por São Paulo e Corinthians, o atacante esteve próximo dos times, mas acabou indo para o Palmeiras. O “chapéu” foi motivo de orgulho dos torcedores por anos, ainda mais se for levada em conta a trajetória de sucesso do jogador com a camisa verde.

Cobertura dupla (2015)

Robinho fez dois gols de cobertura no São Paulo –César Greco/S.E. Palmeiras

2015, o último ano da carreira de Rogério Ceni como jogador, foi carimbado por dois gols sofridos de cobertura. O primeiro deles aconteceu no Paulista, em uma vitória palmeirense por 3 a 0, quando o goleiro saiu jogando errado e o meio-campista Robinho acertou um belo chute, no Allianz Parque. O segundo, no Brasileirão, teve um roteiro quase idêntico, mas serviu para o Palmeiras empatar o jogo.

Vítima preferida

Rogério Ceni fez sete gols contra o Palmeiras –AE/VEJA

Autor de 129 gols reconhecidos pela Fifa, o goleiro-artilheiro Rogério Ceni tinha o Palmeiras como um de suas vítimas preferidas para marcar. Durante a vasta carreira, o ídolo tricolor anotou sete vezes contra o rival, cinco de pênalti e duas de falta. À beira do campo, como treinador, Ceni também leva a melhor contra o alviverde: são cinco vitórias e um empate em dez jogos.

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