Grávida que sobreviveu a ataque em maternidade em cidade ucraniana dá à luz


Uma mulher grávida, cujo resgate de uma maternidade na cidade de Mariupol após um ataque que a Ucrânia atribui à Rússia nesta semana foi registrado em uma foto que viralizou, deu à luz uma menina, confirmou sua família à CNN.

Mariana Vishegirskaya estava entre as várias mulheres da maternidade de Mariupol que sobreviveram a um suposto bombardeio.

Ela deu à luz sua bebê em outro hospital na quinta-feira (10), disse sua tia, Tatiana Liubchenko. “De acordo com nossas conversas nesta [sexta-feira] de manhã, Marianna está bem, e eles chamaram sua filha de Veronica”, afirma.

“Eles ligaram por volta das 10h [da sexta-feira]. Na quinta-feira à noite, ela deu à luz às 22h30 e a bebê nasceu saudável e com cerca de 3 quilos, mas não havia eletricidade”, disse Liubchenko.

A tia de Vishegirskaya se preocupa com a deterioração das condições da população na cidade sitiada de Mariupol.

“Mas recebemos a informação de que a água e a comida das pessoas estão acabando e estamos muito preocupados, porque o corredor verde não está aberto e os russos não permitem, a comida não chega. E está muito frio lá agora e eles não consegue se aquecer. Acho que ela deu à luz no segundo maior hospital em Mariupol”, acrescentou Liubchenko.

“Espero que sejam fornecidas condições suficientes para que a bebê permaneça saudável”, disse. A família tentou ligar de volta para Vishegirskaya ao longo do dia, mas seus esforços não tiveram sucesso.

Versão da Rússia

Horas antes do bombardeio condenado pelo governo ucraniano, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, acusou a Ucrânia de estabelecer posições de combate na região do hospital e em outras áreas atingidas.

Em um pronunciamento, Zakharova disse que “em Mariupol, os batalhões nacionais ucranianos estão expulsando funcionários e pacientes da maternidade, e equiparam posições de combate”.

A porta-voz russa ainda afirmou que havia “vários vídeos refutando as versões falsas ucranianas, confirmando que os crimes de Kiev contra seus próprios cidadãos são abundantes e estão em domínio público”.

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