Lorrane Silva, a Pequena Lô, é uma das principais referências do humor da atualidade. Com 4,4 milhões de seguidores no Instagram e 5,6 milhões no Tiktok, ela contou, em entrevista à CNN Rádio, no CNN no Plural, que teve muitas dificuldades para chegar aonde está.
Ela – que nasceu com os membros encurtados devido a uma síndrome não-identificada ligada à displasia óssea – contou que, hoje, “é uma referência para as pessoas com deficiência.”
“Sofri com frases capacististas e ainda sofro, à medida que cresço, cresce também a proporção delas, a maioria gosta do meu trabalho, quem critica são poucas pessoas, mas acaba afetando às vezes”, admitiu.
Mesmo assim, Pequena Lô afirmou que trabalhou duro desde 2015 para se aperfeiçoar. “Há quem fale da deficiência para tentar me fazer desistir, mas isso não faz com que eu pare, apesar das dificuldades.”
A influencer também avalia que as pessoas ainda tratam as pessoas com deficiência como “um ser humano de superação”: “Como na Paralimpíada, todo mundo trata atletas com dó, mesmo eles tendo um talento gigantesco. Acham que ter dó, pena, vai fazer com que a pessoa se sinta amada, mas não é dessa forma.”
Ela acredita que “ainda tem muita falta de inclusão na internet”: “A começar por vídeos de pessoas com deficiência que não viralizam tanto, mesmo tendo qualidade.”
Pequena Lô reforçou, por exemplo, a necessidade de fazer conteúdos com legendas. “Ainda tem essa falta de acessibilidade, mas, para mim, virou uma rotina colocá-las nos meus posts.”
Este conteúdo foi originalmente publicado em Ainda sofro com comentários capacitistas, diz Pequena Lô, fenômeno das redes sociais no site CNN Brasil.