Vacina nacional nos dá autossuficiência, diz pesquisadora de Oxford


O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participa hoje (22) de ato de imunização que utilizará pela primeira vez a vacina 100% nacional, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Em entrevista exclusiva à CNN, a coordenadora da vacina de Oxford no Brasil, Sue Ann Costa Clemens, afirmou que o imunizante brasileiro nos garantirá autonomia.

“Com a necessidade da adaptação da vacina para futuras cepas, o Brasil tem autossuficiência nisso. Não só para a população brasileira, mas também para poder estar exportando, ajudando o Covax a vacinar a população mundial”, avaliou a pesquisadora.

Clemens explicou que, no passado, o IFA era importado, restando ao Brasil finalizar e envasar as vacinas. Agora, as doses são produzidas integralmente em solo nacional.

Em relação à utilização da vacina no Brasil, a coordenadora afirmou que será estudada a sua eficácia em crianças e adolescentes. Segundo ela, o Reino Unido já possui estudos nesse sentido e a América Latina também deve iniciar os testes.

“O outro braço que a gente está pensando em relação à estratégia com essa vacina seria em usar doses fracionadas como terceira dose, como dose de reforço”, afirmou.

A pesquisadora adiantou que deve ser iniciado em 8 de março um estudo no centro de Belém sobre esta possibilidade de uso de doses fracionadas para o reforço.

Já em relação à necessidade de aplicação de uma quarta dose, a médica afirmou não ver indícios favoráveis nesse momento. “Nós não vemos um aumento significativo em relação à proteção contra infecção e também não vemos um aumento significativo em relação à proteção contra casos graves, hospitalização e etc.”

A pesquisadora concluiu defendendo o avanço da vacinação pelo mundo, como estratégia de combate à pandemia. “Se a nível mundial a população não estiver vacinada, nós não vamos conseguir frear essa pandemia”, afirmou a especialista.

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