Federação com PSDB estará pronta antes de 31 de maio, diz Roberto Freire


O Cidadania aprovou na manhã do último sábado (19) uma federação com o PSDB. Em entrevista à CNN, Roberto Freire, presidente nacional do Cidadania, afirmou que a federação para a eleição de 2022 deverá estar organizada antes de 31 de maio, prazo definido para os partidos se unirem em federações.

“Não vamos esperar até 31 de maio. Vamos chegar em 31 de maio com nominatas organizadas, com a federação organizada em todos os estados. Vamos resolver questões que estão pendentes, porque antes cada partido, individualmente, tinha assumido certo compromisso e poderia ter havido descompromissos. Mas todos eles vão ser reanalisados exatamente por causa dessa nova realidade, dessa nova parceria da federação”.

Freire afirmou que o candidato da federação para as eleições presidenciais deste ano não foi debatido.

“Estamos conversando sobre uma federação entre partidos. Claro que só terá um candidato, se a federação se concretizar. E não pode ter mais de um, cada partido ter o seu. Mas isso não foi aventado. Muito ao contrário, nos nossos entendimentos, a gente mantém a ideia de candidatura do Cidadania, com Alessandro Vieira, e do PSBD, com João Doria”.

O PSDB ainda precisa aprovar a federação com o Cidadania. Mas Freire informou que a executiva nacional do partido de Doria já formulou um indicativo de interesse para a união das forças. E negou risco de o Cidadania ser incorporado pelos tucanos.

“O partido continua com sua autonomia garantida. Aquilo ali é apenas um contrato, imposto pela lei, pra quem quiser se federar durante quatro anos”, disse Freire.

Freire explica que a união aconteceu porque o PSDB tem uma visão parecida com o Cidadania sobre o que desejam para o futuro do Brasil.

“Assim como nós, eles estavam preocupados com palanques a favor de Jair Bolsonaro. Dessa forma, não iremos fazer parceria com nenhum outro candidato aliado ao presidente do Brasil”.

Freire disse que o objetivo é a busca de um pacto pelo centro democrático, envolvendo outros partidos, como União Brasil e MDB, além do PSDB e Cidadania.

“A tendência é que busquemos unidade. E isso é algo que pode estar significando, como eu sempre disse, que essas pesquisas [de intenção de voto] não estão definindo em nada o público próximo. Com esse processo, quando fazem a série de perguntas, no segundo turno Bolsonaro ou Lula? Daqui a pouco vão ter que botar, no segundo turno você vota em quem? O centro democrático, a terceira via ou um dos dois daquele que sobrar”, afirmou o presidente do Cidadania.

 

 

 

 

 

 

(Veja a entrevista completa no vídeo acima)

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