Trump levou material confidencial da Casa Branca para a Flórida, diz Arquivo Nacional


O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump levou informações confidenciais para sua casa na Flórida depois de deixar a Casa Branca, afirmou a Administração de Arquivos e Registros Nacionais dos Estados Unidos (NARA) em uma carta ao Congresso na sexta-feira (18) sobre 15 caixas de documentos recuperadas recentemente.

A administração disse ter informado o Departamento de Justiça, que cuidará de qualquer investigação.

“A NARA identificou itens marcados como informações de segurança nacional confidenciais dentro das caixas”, disse David Ferriero, arquivista dos Estados Unidos, em carta à deputada democrata Carolyn Maloney, presidente do comitê de supervisão da Câmara dos Deputados.

O comitê de Maloney está analisando o tratamento de Trump, que deixou o cargo em janeiro de 2021, aos registros.

“Essas novas revelações aprofundam minha preocupação com o flagrante desrespeito do ex-presidente Trump pelas leis federais de registros e o impacto potencial em nosso registro histórico”, disse Maloney em comunicado.

“Os Arquivos Nacionais não ‘encontraram’ nada, eles receberam, mediante solicitação, registros presidenciais em um processo comum e rotineiro para garantir a preservação do meu legado e de acordo com a Lei de Registros Presidenciais”, disse Trump em comunicado.

“Se fosse alguém além de ‘Trump’, não haveria história aqui”, completou.

A carta de Ferriero também dizia que alguns funcionários da Casa Branca conduziam negócios oficiais usando contas de mensagens eletrônicas não oficiais que não foram copiadas ou encaminhadas para contas oficiais e que estava em processo de obter alguns desses registros ausentes.

O Washington Post informou na semana passada que alguns dos documentos levados para a casa do ex-presidente foram marcados como confidenciais, o que pode intensificar a pressão legal que Trump ou seus assessores podem enfrentar.

A Lei de Registros Presidenciais exige a preservação de memorandos, cartas, notas, e-mails, faxes e outras comunicações escritas relacionadas aos deveres oficiais de um presidente.

Reivindicando privilégio executivo, Trump entrou com um processo, mas sem sucesso, para impedir a divulgação de registros de sua gestão Casa Branca, inclusive para o comitê seleto da Câmara que investiga o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA por apoiadores do ex-presidente.

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