Casa Branca alerta para extensas sanções se Rússia invadir Ucrânia


Um funcionário da Casa Branca alertou sobre as sanções que a Rússia pode enfrentar por uma invasão da Ucrânia, dizendo a repórteres na sexta-feira (18) que o governo está no processo de “convergir para o pacote final”, que contém “as medidas mais severas que já contemplamos contra a Rússia.”

“Não há dúvida em minha mente de que (o presidente russo Vladimir) Putin não está jogando com as cartas vencedoras”, disse Daleep Singh, vice-conselheiro de segurança nacional para economia internacional e vice-diretor do Conselho Econômico Nacional, durante a coletiva de imprensa da Casa Branca.

Descrevendo quais medidas serão tomadas no caso de uma invasão, Singh disse que “o custo para a Rússia seria imenso, tanto para sua economia quanto para sua posição estratégica no mundo”.

“Nossas sanções financeiras foram projetadas para impor custos avassaladores e imediatos às maiores instituições financeiras e empresas estatais da Rússia. Eles foram calibrados para maximizar o alinhamento com nossos aliados e parceiros. Eles são flexíveis para permitir maior escalada ou desescalada, dependendo de como Putin responder”, disse Singh, acrescentando que evitarão atingir o povo russo ou se espalhar para os EUA e a economia global.

“Também estamos preparados para impor controles de exportação poderosos como parte de nosso pacote de resposta. Tanto as sanções financeiras quanto os controles de exportação negam à Rússia algo de que ela precisa e não pode obter de nenhum outro lugar além dos Estados Unidos ou de nossos aliados e parceiros”.

Pária internacional

A Rússia se tornaria “um pária para a comunidade internacional” se a Ucrânia fosse invadida, disse Singh.

“Ela ficará isolada dos mercados financeiros globais e será privada dos insumos tecnológicos mais sofisticados. A Rússia enfrentaria a perspectiva de intensas saídas de capital, pressão crescente sobre sua moeda, inflação crescente, custos de empréstimos mais altos, contração econômica e erosão de sua capacidade produtiva. Em conjunto, a Rússia se tornará mais dependente de países que não podem compensar suas perdas. Isso seria uma derrota estratégica para a Rússia pura e simples”, continuou ele.

Singh disse à CNN que as medidas consideradas “não são projetadas para reduzir ou prejudicar a capacidade da Rússia de fornecer energia ao mundo”.

Ele acrescentou que o governo acredita que “seria um erro estratégico para Putin armar seu suprimento de energia.

Singh também alertou que, se a China fizer acomodações com a Rússia em caso de sanção ocidental, enviaria “um sinal muito ruim para sua visão do mundo” e teria um impacto “profundo” em sua reputação com a Europa.

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