Lira joga “bomba” de semipresidencialismo para próxima legislatura, diz consultor


O consultor de risco político Creomar de Souza afirmou, nesta quinta-feira (10), em entrevista à CNN, que a vontade do presidente da Câmara dos DeputadosArthur Lira (PP-AL), de discutir o semipresidencialismo no Congresso Nacional para 2030, joga a pressão para os parlamentares que serão eleitos neste ano.

“Ao mesmo tempo que Lira diz que quer iniciar discussão sem nenhum tipo de pressão, ele joga a bomba para a legislatura. Não importando quem seja o presidente da República em 2023, o Congresso Nacional quer ser parte do jogo e esse presidente vai ter que em algum sentido jogar dentro de uma regra que já vai estar estabelecida pelos interesses dos parlamentares”, declara Creomar.

Segundo Lira, a proposta é debater uma proposta para a medida entre março e junho. Ele afirma que será realizada “sem nenhum tipo de pressão de votação, sem nenhum tipo de texto pronto e sem perspectiva de votação antes da eleição. Para que a gente possa deixar qualquer texto que seja discutido, analisado e escolhido pelos parlamentares para ser votado inclusive com o Congresso novo que seja escolhido em outubro”.

O presidente da Câmara dos Deputados cita que a discussão não deve ser feita nessa eleição ou em 2026, para ser de “alto nível” e no “contraturno” da Casa.

No semipresidencialismo a figura do presidente da República fica mantida como nos moldes atuais –escolhido em eleições diretas–, mas é criado o posto do primeiro-ministro, indicado pelo presidente eleito e aprovado pelo Congresso Nacional. Os dois compartilham de atribuições governamentais. O sistema é utilizado em Portugal e na França, por exemplo.

Como funciona o Semipresidencialismo
Reprodução/CNN

CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.

 

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