A abundância de microplásticos nos oceanos e lixo plástico em terra parece ter induzido uma adaptação evolutiva em várias espécies de micróbio, que aprenderam a produzir enzimas capazes de decompor o plástico. Essa é a principal conclusão de um estudo realizado por cientistas suecos, que analisaram amostras de DNA coletadas em 38 países (1).
Os pesquisadores encontraram 30 mil enzimas, que são capazes de degradar 10 tipos diferentes de plástico. Segundo eles, há uma relação direta entre a poluição plástica em cada local avaliado e a quantidade de enzimas decompositoras encontradas nele.
Nos oceanos, as bactérias mais adaptadas a comer plástico são as das classes Alphaproteobacteria e Gammaproteobacteria. Atualmente, a humanidade produz mais de 300 milhões de toneladas de plástico por ano, dos quais apenas 7,7 milhões são reciclados.
Fonte 1. Plastic-Degrading Potential across the Global Microbiome Correlates with Recent Pollution Trends. J Zrimec e outros, 2021.