Reino Unido e Irlanda devem desistir de candidatura à sede da Copa de 2030


O Reino Unido e a Irlanda cogitam retirar sua candidatura à organização da Copa do Mundo de 2030. Segundo informações divulgadas nesta quinta-feira, 6, pelo jornal britânico The Guardian, os vizinhos devem focar sua atenção em sediar a Euro 2028, uma vez que a concorrência pelo Mundial se mostra cada vez mais forte, incluindo outra candidatura conjunta europeia, de Portugal e Espanha.

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Essa ideia de uma candidatura conjunta tem sido bastante incentivada pelas federações de futebol e será colocada em prática pela segunda vez (a primeira ocorreu na Copa de 2002, sediada na Coreia do Sul e no Japão) no Mundial de 2026, realizado nos Estados Unidos, México e Canadá. O mesmo deve ocorrer na histórica edição centenária, que tem ainda Argentina e Uruguai como candidatos, além de uma surpreendente possível união de Itália e Arábia Saudita.

A Football Association (FA), entidade que controla o futebol na Inglaterra, vem comandando um estudo de viabilidade para uma candidatura à Copa do Mundo, que se realmente for levada adiante, receberá 2,8 milhões de euros do governo do Reino Unido como financiamento público. Os estudos ainda estão em andamento, porém a associação enxerga a candidatura como improvável.

Uma outra questão que trouxe insegurança à associação foi o fato de a Scottish Football Association (SFA), órgão que dirige o futebol na Escócia, não ter tido sucesso na tentativa de envolver a reforma do estádio Hampden Park, em Glasgow, na proposta do governo do Reino Unido, que em 2019 incluiu a candidatura para a Copa 2030 como parte do projeto de governo do Partido Conservador, havendo um comprometimento em investir 550 milhões de euros no futebol da união, com 50 milhões já investidos em 2021.

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Uma possibilidade aparentemente mais atraente e viável para as associações futebolísticas britânicas é acertar a candidatura a Eurocopa 2028, uma vez que já existe uma boa relação entre a cúpula do futebol britânico e a Uefa, principalmente a figura de Aleksander Ceferin, presidente da organização, que defendeu Londres depois dos ocorridos na final da Euro 2020. Além disso, a Uefa já divulgou a ideia de aumentar o número de seleções na competição, de 24 para 32, embora não seja um plano aprovado ainda, mas caso seja, as quatro nações do Reino Unido (Inglaterra, Escócia, Páis de Gales e Irlanda do Norte) e a Irlanda seriam uma ótima alternativa para ajudar na distribuição dos jogos, estrutura e melhor organização do evento.

O prazo para que o Reino Unido e Irlanda apresentem ou não a proposta para sediar o Mundial de 2030, vai até 31 de março de 2022, data do Congresso da Fifa. Por enquanto, a posição oficial do grupo que faz esse estudo é de seguir adiante com a candidatura.

Como a Fifa estabelece que um “rodízio” de pelo menos duas edições para que o evento possa retornar a um continente, a Europa apareceria como continente mais indicado, já que a última edição foi a da Rússia em 2018 e as próximas serão na Ásia (Catar) e América (Canadá, México e EUA). O fato de a primeira Copa, a de 1930, ter sido no Uruguai, porém, pode abrir margem para uma brecha e dar vantagem “afetiva” à candidatura sul-americana.

Suárez e Messi fazem propaganda da candidatura de Argentina e Uruguai para sediar Copa centenária conjuntamenteSandro Pereyra/Focus Features
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